setembro 18, 2007

P [01] - O trem da integracão

Rio e São Paulo dão finalmente início a um protocolo que deve colocar nos trilhos o projeto do trem-bala.


De olho no futuro Projetos europeus prevêem que os 403 quilômetros que separam as duas cidades poderiam ser feitos entre 85 minutos e duas horas, a cerca de 300 km/h




Os governadores de São Paulo, José Serra, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, marcaram para quinta-feira 30, às 10h, um encontro no Palácio dos Bandeirantes. Lá, eles assinarão um termo de compromisso para os estudos de viabilidade do trem-bala que irá interligar as duas maiores metrópoles do País. Segundo o secretário estadual de Transportes do Rio, Júlio Lopes, se tudo correr bem, a licitação para escolher a empresa ou o consórcio responsável pela execução do projeto deverá sair até janeiro do próximo ano.
Empresas de diversos países manifestaram interesse no assunto, com propostas variadas para a construção do trem, cuja velocidade deverá atingir cerca de 300 quilômetros por hora. O modelo proposto pelos alemães prevê uma linha com quatro paradas entre as duas cidades, o que faria o percurso durar pouco mais de duas horas. Já os italianos propõem apenas uma linha direta, sem paradas, com tempo estimado em 85 minutos para percorrer 403 quilômetros. Empresas da Coréia do Sul, segundo o secretário, também “estão interessadas em conhecer detalhes do projeto”. Ele afirmou, em reunião recente com o governador Sérgio Cabral, que o presidente da União Européia, José Manuel Durão Barroso, havia manifestado o interesse que o Banco da UE tem em estudar o financiamento do projeto.
Por determinação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a elaboração do modelo de financiamento será coordenado pelo BNDES. O banco faz parte do grupo de trabalho que estuda a viabilidade técnica e econômica dos projetos já existentes. A participação de bancos europeus é dada como certa, já que, muito provavelmente, os países do continente fornecerão as locomotivas. O secretário de Transportes do Rio descarta a hipótese de o Brasil desenvolver tecnologia própria para a fabricação das composições. “Hoje não temos mercado para isso, o Brasil não produz locomotivas”, afirma Lopes.
A Valec Engenharia e Construção, estatal ligada ao Ministério dos Transportes, já havia recebido três estudos técnicos, sendo dois alemães e um italiano. Em abril passado, no entanto, o Tribunal de Contas da União analisou e aprovou o estudo apresentado pela italiana Itauplan, que não prevê a aplicação de recursos públicos. Nele, a empresa apresenta as estações da Luz, em São Paulo, e a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, como pontos-base da linha ferroviária. A proposta não é bem aceita pelos dois governos estaduais. Segundo Julio Lopes, a Central do Brasil estará sobrecarregada nos próximos anos, pois já opera 138 composições e deverá operar outras 100 com os investimentos previstos pelo governo e pelas concessionárias de trens urbanos e metrô. Além disso, durante as obras, seria necessário interromper o funcionamento da estação de metrô da Central do Brasil, a mais movimentada, “o que acarretaria enormes problemas para a população”. Obstáculos semelhantes seriam enfren- tados na estação da Luz, em São Paulo.
Na reunião entre Cabral e Serra, deverá ser criado um grupo multidisciplinar, coordenado pelos diretores de engenharia das companhias de trem e de metrô dos dois Estados. A elaboração do projeto, segundo Lopes, deverá durar dois anos, consumindo cerca de R$ 400 milhões, com mais sete a dez anos para a execução das obras. Lopes afirma que o governo do Rio acredita na viabilidade do projeto, até por uma necessidade inadiável. “Com um crescimento econômico de 3% a 5% nos próximos anos, imagine como estará o fluxo entre as duas cidades nas próximas décadas.” As alternativas de ligação entre Rio e São Paulo, segundo Lopes, são muito problemáticas. Uma delas seria a construção de um novo aeroporto em São Paulo, com gastos aproximados de R$ 5 bilhões, além de muitos transtornos para o trânsito da cidade. “A maior vantagem do trem é que o passageiro sairá do centro de uma cidade e chegará ao centro da outra. Qualquer outra alternativa prevê chegada e partida nas áreas limítrofes, exigindo obras complicadíssimas de engenharia de trânsito.”

Link Reportagem:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1974/artigo59579-1.htm?o=r


[01] ANÁLISE
O projeto de ligação das duas maiores metrópoles do país se faz extremamente necessário, pois como diz na reportagem o crescimento econômico de ambas cidades tendem a aumentar a cada ano. Contudo, os meios de acesso de uma cidade a outra se tornam de fato importantes. Porém as estradas e aeroportos não estão em bom estado, não têm uma infra-estrutura adequada e de segurança.
Além disso, no caso das estradas, a tendencia é o fluxo aumentar cada vez mais e os riscos juntamente, onde a possibilidade de acidentes também seriam maiores, além do tempo de viagem que não é pouco. O que não é satisfatório para as empresas e emprendedores, que têm principalmente o tempo como dinheiro.
Já na questão da viagem aérea, temos a vantagem do tempo ser reduzido consideravelmente, porém com o trem-bala a pessoa não precisará chegar com horas de antecedência para fazer check in, ou se deslocar até um ponto afastado da cidade para embarcar, o trem seria uma boa alternativa por poupar o tempo do usuário. Além disso, hoje o Brasil sofre uma grande crise viária, onde São Paulo, principalmente, não têm um aeroporto com uma infra-estrutura capaz de receber as aeronaves com segurança, além de vários outros problemas, como sabemos. E para investir na construção de outro aeroporto na cidade seriam gastos R$ 5 bilhões, como dito na reportagem. Já para a contrução do projeto do trem-bala, serão gastos R$ 400 milhões, consideravelmente menor investimento.
Portanto, sabemos que as vantagens da construção do projeto do trem-bala são muitas. Por exemplo, São Paulo sofre hoje com o grande volume de transito em suas vias de acesso, esse projeto ajudaria também a diminuir esse volume de carros circulando além de diminuir a poluição que os mesmos causam. Gastaria-se menos e seria mais vantajoso. Além de termos empresas intrenacionais interessadas em investir nesse projeto, o que possibilitaria a idéia de não haver capital público na obra.
Creio que naõ tem possibilidade desse meio de transporte ser inadequado, pois, nos países de 1º mundo, considerados desenvolvidos e não em desenvolvimento como o Brasil, usam constantemente o transporte ferroviário com sucesso.


[01] PROPOSIÇÃO
O projeto do trem-bala no Brasil deveria ser aprovado, inicialmente na interligação das duas maiores metropoles do país. Mas porém, proponho que deveria-se pensar também na importancia para o Brasil investir neste meio de transporte em todo seu território, a fim de facilitar o acesso, ligando várias cidades e estados, o que acarretaria em um maior desenvolvimento de todo setor economico do país. Onde como principal beneficiário seria o setor de turismo que ganharia muito com esse investimento, devido a vantagem do acesso mais rápido, mais seguro, e com um custo acessível para os turistas. Além de sabermos que as condições dos aeroportos e estradas que dispomos hoje não são as melhores, e o investimento nas mesmas seriam de custos muito elevado. Portanto, sabemos que demanda para uso deste meio de transporte temos.
Por essas condiçoes, se faz necessário esse investimento para o Brasil, portanto é preciso também aproveitar o interesse das empresas internacionais neste projeto, pois, as mesmas já tem a tecnologia necessária para implantar.